Diretor está eufórico em assinar direção artistica de novela após sofrer AVC
Jorge Fernando, 63 anos, está radiante em voltar a trabalhar após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) em janeiro de 2017, e se recuperar das sequelas. Ser diretor artístico de Verão 90, que estreia hoje, no horário das 19 horas na Rede Globo, fez o ator demarcar uma linha tênue tanto em sua vida profissional e quanto pessoal.
Ator, diretor e dramaturgo, Jorginho – como é chamado nos bastidores – começou sua carreira na Globo como ator, em 1978. Como diretor, seu primeiro trabalho foi Jogo da Vida, com Silvio de Abreu. Depois vieram inúmeras novelas como Guerra dos Sexos, Cambalacho, Que Rei sou Eu? e Rainha da Sucata, entre outros. Também assinou como diretor artístico em Chocolate com Pimenta, Alma Gêmea, Sete Pecados. Além de trabalhos na televisão, ele fez carreira no teatro e no cinema. Em 2012, levou para o teatro Salve Jorge, um espetáculo autobiográfico que reúne histórias vividas por ele no teatro, no cinema e na TV. Agora com Verão 90, a empolgação do diretor é ainda maior, pois a novela é um marco em sua vida. Confira!
Qual definição dá para Verão 90?
Jorge Fernando – É uma novela com muito humor, romance, emoções, música… O grande barato de dirigir uma novela como esta é poder homenagear o gênero. É uma história que mostra a trajetória dessas crianças que foram muito famosas e como elas estão agora nos anos 1990, período em que a novela é ambientada.
Como foi a seleção das músicas para ‘Verão 90’, já que a novela mostra os sucessos da década?
JF – São gravações originais, grandes clássicos dos anos 1980 e 1990. O que o povo ouvia e dançava na época… Temos Legião Urbana, Cazuza, Bethânia, além dos sucessos internacionais. Estamos acessando a memória afetiva das pessoas, uma viagem no tempo através desses sucessos.
Como você avalia a sua retomada ao gênero da comédia romântica, que o consagrou nos anos 90?
JF –É um período que atinge em cheio o consciente e o inconsciente das pessoas. Você vê uma ficha de telefone e se emociona. Porque tem gente que não sabe nem o que era um orelhão, né? (risos). O próprio elenco mais jovem se surpreende com a quantidade de coisas que eles não viveram e que resultou neste mundo de hoje.
Como é a parceria com as autoras Izabel de Oliveira e Paula Amaral?
JF – Quando eu li a sinopse da novela tive uma identificação imediata. Uma novela colorida, para cima, alto astral. O texto é ágil, interessante e com vários ganchos. Acredito que o público vai curtir também.