O ator ainda contou a reação da filha, Titi, quando descobriu sobre gravidez da mãe: “Ninguém nasce racista”
Bruno Gagliasso está prestes a ser papai novamente, ao lado da esposa, Giovanna Ewbank, e revelou algumas preocupações com a educação do filho aguardado. Ele ainda refletiu sobre o ‘complexo do branco salvador’, e afirmou que prefere se colocar como ouvinte na discussão.
Gagliasso e Ewbank já são pais de Titi, de 6 anos, e Bless, de 5, que foram adotados em uma viagem ao Malawi. Agora, eles estão à espera de seu primeiro filho biológico. Ewbank está na reta final da gravidez, previsto para junho.
“Temos consciência de que nosso filho já nasce privilegiado, branco, de olho claro. O papo com ele terá que ser outro. Quando Titi soube, disse: ‘Vai ser a cara do papai: branquinho e de olho azul’. Foi lindo presenciar a naturalidade com que ela falou isso. Ninguém nasce racista”. O que a gente vivencia e ouve por aí faz essa construção”, começou o ator em entrevista ao jornal O Globo.
“Somos conscientes de que nós, brancos, temos mesmo uma dívida eterna com os negros. Buscamos trazer para o nosso cotidiano questões sobre preconceito, adoção, racismo através de livros e conversas. Trazemos líderes negros como referências, isso aproxima, faz eles terem orgulho”, continuou.
No movimento negro, alguns representantes levantaram o debate sobre as pessoas que visitam comunidades pobres, como países africanos, e exibem fotos sem autorização nas redes sociais. A pauta aumentou com a participação de Rafa Kalimann no BBB 20, visto que a influenciadora frequentemente visita as comunidades da África para ajudar, e compartilha o momento com os seguidores.
“Pelo que leio e aprendo, a discussão sobre ‘branco salvador’ é sobre métodos, intenções e objetivos. Meu lugar nessa discussão é de escuta e aprendizado para não reproduzir isso. Ir à África e ficar mostrando a pobreza, que todo mundo já sabe, não é legal, assim como não é legal fazer isso aqui na favela. Mas me sinto confortável em tirar uma foto do esgoto a céu aberto em uma comunidade e cobrar providências do governo. Acho que tudo é questão de bom senso, de como você se posiciona e lida com o que te toca”, refletiu Gagliasso sobre suas ações.